sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A preguiça é um fator físico ou psicológico? Como espantá-la?

Pode ser um problema orgânico, como hipotiroidismo ou diabetes. Neste caso é preciso tratamento médico. Quem sente uma preguiça e um desânimo crônicos, tem que consultar um endocrinologista e se tratar. Na maior parte, contudo, é uma questão de índole, perfeitamente corrigida por um processo puramente condicional. Como fazer? Criar vergonha na cara e meter a mão na massa. Sugiro começar com exercícios físicos. Mas não precisa de academia nenhuma. É só pegar um serviço doméstico pesado, como arrumar um cômodo (varrer, tirar o pó, arrumar tudo), lavar louça, lavar roupa, passar roupa, lavar o banheiro. Esse tipo de serviço, muitas vezes deixado para empregadas domésticas. Fazer isto regularmente é um bom método para espantar a preguiça. Mas é preciso que seja feito de forma comprometida, ou seja, não há como escapar de acabar o serviço num certo prazo. E tem que ser completo, isto é, se for arrumar a cozinha, lave tudo, enxugue, guarde, varra o chão, passe o pano, lave o pano e ponha para secar, deixando tudo muito bem arrumadinho, como se exige de uma empregada. Isto também é ótimo para quebrar a empáfia de muita gente que acha que tais trabalhos são para serviçais e não para pessoas importantes. Outra medida importante é não dormir demais. Quanto mais se dorme mais preguiçoso se fica. Um adulto pode muito bem passar com sete ou, até, seis horas de sono apenas. Ver muita televisão também dá preguiça. É melhor passar o tempo com atividades criativas, como escrever, consertar coisas, fazer artesanato, tocar instrumentos musicais, jogar algum jogo, estudar, caminhar ou, até, sair para um bar, dançar ou praticar esportes. Quanto à preguiça mental, depois que a física for removida, é meter a cara em desafios intelectuais, como aprender um novo idioma ou estudar algo que não se sabe, como tocar um novo instrumento musical, enfim, coisas que não são fáceis de fazer. Quanto maior a dificuldade, melhor, mas é preciso começar de leve (mas não tão de leve). Isto vai estimulando a formação de conexões sinápticas e o cérebro passa a fruir prazer em vencer dificuldades. Resolver enigmas é ótimo, como também sodoku e coisas assim. É tudo uma questão de força de vontade, como para emagrecer ou parar de fumar. Não se emagrece sem passar fome.

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