sábado, 6 de novembro de 2010

"Não é acabar com os patrões mas sim transformar todos os empregados em patrões, isto é, pulverizar o capital por toda a população até que o dinheiro e a propriedade deixem de existir espontaneamente por total falta de necessidade". Você é um socialista utópico?

Sim, total e integralmente. Só que não acho que seja utopia nenhuma, mas algo perfeitamente realizável, sem revolução cruenta, apenas pela educação e pela evolução cultural. Claro que isto vai demorar centenas de anos, mas é o caminho natural de humanidade. Será preciso abolir todas as religiões também (mas, não necessariamente as crenças), promover a prosperidade geral e a distribuição da renda, pois quanto mais prósperas as nações, mais, instruídas, mais educadas, mais cultas, mais mais igualitárias, menos religiosas e menos intolerantes elas são. Para que as fronteiras sejam abolidas, não pode haver desigualdade de nenhuma espécie. Todos têm que ser igualmente ricos. Impossível acabar com todos os pobres? Claro que não! Digo isto sem que seja preciso matá-los, mas sim enriquecê-los. Como? Pelo comunitarismo. Abolindo a propriedade privada e compartilhando tudo, uns com os outros. Estou falando de uma sociedade tecnológica e culturalmente sofisticadíssima, não de uma tribo primitiva. Duas coisas têm que ser suprimidas, e este é o grande papel da educação no processo: a cobiça e a preguiça.

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