segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Por que o senhor acredita que os seres humanos tornam-se tão violentos quando a estabilidade social é quebrada?

Falta de educação e cultura. Mas digo de uma educação e cultura milenares, como no Tibete. O ocidente e o oriente médio, por suas tradição greco-romanas, dos bárbaros, dos semitas, associada às religiões judaica, cristã e islâmica, têm uma grande propensão belicosa. Consideram que os problemas têm que ser resolvidos por competição, em que uns vencam e fiquem com o butim e outros percamm e sejam pilhados, degolados, estuprados e coisas assim. Esta concepção está embutida na cosmovisão ocidental capitalista, em que o que vale é o sucesso e ser vencedor. Os próprios esportes, tão valorizados por nós, são competições. Não há um espírito de colaboração, de solidariedade, de abnegação, de altruísmo e, mesmo, compaixão. De, nas dificuldades, uns ajudarem aos outros, quebrarem as arestas, passando aperto para dividir o pouco com muitos. Esse tipo de espírito se desenvolve com o tempo, muito tempo, muitos séculos de cultura. A pregação da não violência é feita por poucos líderes, como Buddha, Ghandi, Luther King e o Dalai Lama. Em geral os pais (e as mães) estimulam os filhos, especialmente os homens, à violência. Ser um pacificador é considerado ser efeminado. Poucos têm uma personalidade suficientemente forte para venceram este preconceito. Mesmo os professores querem que seu colégio seja o melhor e não que todos sejam melhores. Cada um quer o sucesso às custas da derrota do concorrente. Ninguém se dispõe a colaborar para a melhoria dos serviços e produtos oferecidos aos consumidores por todos os colegas de atividades. Este espírito mesquinho é que provoca violência quando a estabilidade social é quebrada, pois, então, é cada um por si, quem se der melhor, que vença. Vitória insana. De que adianta ser o senhor de coisa nenhuma? É por isto que sempre digo que atingir o anarquismo é uma questão de educação, ao longo de muitos séculos. Precisamos lutar para mudar esta mentalidade em nosso dia a dia, em cada tomada de decisão. Que ela seja sempre em prol do bem comum e não do nosso, em particular. Para isto é preciso renunciar a vantagens pessoais, sem nada em troca, nem a salvação eterna. Mas só assim, dentro de alguns milhares de anos, o mundo será bom, justo, harmônico, fraterno e feliz para todo mundo.

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