sábado, 6 de novembro de 2010

Como morremos e caímos em um nada, sem pensamentos, faz sentido vivermos se não vamos nos lembrar do que fizemos, sejam coisas boas ou más (do ponto de vista sociológico)? A solução não seria, então, a vida eterna pelo ciborguismo?

Faz sentido sim! Temos que pensar que não são só os indivíduos que importam. Fazemos parte de um todo que se estende além de cada um de nós, na sociedade e na natureza. O fato de acabarmos e não mais nos lembrarmos de nada não invalida nossa responsabilidade para com esse todo, que nos sobreviverá. Então nós sobreviveremos, não como indivíduos, mas como lembranças, como exemplos, como obras que deixarmos, como processos cuja execução nos engajamos e que prosseguirão após o nosso desaparecimento orgânico. Nesse sentido, temos que colocar o significado de nossas vidas não só (mas também) no benefício próprio, mas, principalmente, no benefício coletivo, da nossa comunidade, da humanidade e de toda a natureza. Como somos dotados de consciência, a realização desse feito nos propiciará o bem estar de ver que nossa vida faz diferença para o bem da humanidade e da natureza.

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