sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O sr. observou corretamente que uma mudança radical na humanidade levaria muitos séculos. Acho que o problema que aflige os jovens é:"o que nós podemos fazer agora?"

Certamente. E podem. Todo mundo pode e, com isso, abreviar bastante o tempo para que se atinja uma sociedade ideal, sem crime, sem ignorância, sem doença, sem pobreza, sem desigualdade, sem preconceito, sem intolerância, sem guerra, com liberdade, com harmonia, com fraternidade, solidária, aprazível, próspera e feliz. Como? Para começar, divulgando as ideias anarquistas, especialmente para esclarecer que anarquismo não é bagunça. Criar grupos de discussão físicos e virtuais, nos colégios, nos clubes. Não digo nas igrejas, porque, em geral, o anarquismo não é aceito pela maioria delas. Depois, agir nesse sentido, tomando atitudes anarquistas, sempre que possível. Quais? Trabalhar parte do tempo de graça, para o bem comum. Ajudar as pessoas, por exemplo alunos melhores ensinarem os piores para que melhorem. Substituir a competição pela colaboração, mesmo que, com isso, se prive de um sucesso maior. Fazer tudo o que puder por conta própria, sem esperar ação do estado, como consertar um cano quebrado na rua, limpar um bueiro ou coisas assim. Agir sempre com probidade e denunciar toda falcatrua que ficar sabendo. Candidatar-se a vereador e, se ganhar, batalhar pela implantação de iniciativas populares de autogestão, como Conselhos de Bairros. Aplicar o dinheiro que tem em projetos comunitários, em vez de adquirir bens para deixar de herança. Fundar creches, por exemplo. De preferência tudo sem ser institucionalizado e sim como iniciativa informal. Assim vai se vendo que o estado não é necessário para o bem da sociedade, e que, um dia, poderá ser suprimido. Nada envolvendo dinheiro, contabilidade, salários, impostos. Nada disso. Tudo voluntário, mas compromissado, sem contrato, mas com o cumprimento da palavra. Por exemplo, como minha mulher faz, cuidar de cachorros abandonados. Temos 10 cães e 3 gatos. Já recolhemos mais de 30 e arranjamos lar para mais de 20. Sem ser nada oficializado. Sem apoio de ninguém. Outra coisa é adotar órfãos. Principalmente os mais velhos, os doentes, os feios. E encará-los como verdadeiros filhos, isto é, com um compromisso para o resto da vida. Desistir de ficar rico e usar mais o dinheiro que ganha para ajudar os outros. Tudo isso tem que ser feito sem alarde, sem dizer que está fazendo em nome de Jesus, Maomé ou quem seja. De preferência anonimamente. Sem publicidade pessoal, mas mostrando que é algo que se está fazendo à revelia do estado e de qualquer instituição, clube ou igreja.

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