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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Professor, já leu "The Nature of Necessity", de Alvin Plantinga? A alegação de alguns é que a objeção kantiana não fere seu argumento ontológico porque não é o mesmo defendido pelo Craig. Falam sobre "quantificador existencial", "quantificador universal".
Ainda não, mas anotei para comprar. Aliás tem mais de 100 livros em minha lista de espera na Amazon. O problema é arranjar o dinheiro. Não gosto de pegar livro emprestado. Gosto de comprar, porque depois que leio, muitas vezes preciso voltar a ele. Livro eu não dou, não jogo fora e não empresto. Só compro e ganho e vou juntando. Sei achar tudo o que já li, mesmo que o tenha feito há 50 anos. Tenho os livros que minha mãe e meu pai estudaram no ginásio, na década de 1930. Tenho livros do meu bisavô, de 150 anos atrás. Sou um bibliófilo inveterado. Mas vou ver se acho algo a respeito na Internet. Já vi sobre a prova ontológica de Gödel, mas não me convenceu. Vou ver essa do Plantinga. Quanto ao Craig, ele tem muita presença, mas faz muito uso de erística. Todavia seus argumentos não são sólidos. Ele é muito falacioso. Esse negócio de usar matemática (quantificadores lógicos) é mais para impressionar e dar aos leigos a impressão que se está fazendo algo bem fundamentado. Mas tudo pode ser feito sem eles. A lógica simbólica é uma ferramenta útil, mas não essencial para a lógica. E olhe que já dei aula disso para o curso de informática da Faculdade de Viçosa. Sei trabalhar com quantificadores, tabelas verdade, diagramas de Venn e esse tipo de coisa. O problema não está na lógica, mas no fato de que a veracidade das premissas não é lógica, é fenomenológica e epistemológica. A validade do raciocínio é que é lógica. Mas um raciocínio válido pode levar a conclusões falsas se partir de premissas falsas.
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