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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
No Anarquismo não existe normas jurídicas?
Não. Não havendo governo, não há poder legislativo, nem executivo, nem judiciário. Não há leis. A vida é regulada apenas pelos costumes morais, que seguem a ética. A própria sociedade, não organizada, cuida de preservar a boa convivência e a harmonia entre as pessoas. Sem polícia, sem juízes, sem advogados, sem promotores, sem prisões. Por isso a anarquia requer um elevadíssimo grau de civilização, de altruísmo, de desprendimento, de abnegação, de colaboração, de diligência, de disposição para trabalhar sem retribuição direta, de doação, de honra, de nobreza de caráter, de honestidade, de justiça natural e de todas as virtudes. Por isso a anarquia não pode ser implantada. Tem que surgir espontaneamente, de modo gradual, sem rupturas drásticas, sem revolução e sim por evolução. É uma evolução social da espécie humana, como o surgimento da espécie foi uma evolução biológica. E essa é a tendência observada nos últimos milênios, o que permite prever que, mais uns milênios se chegará, naturalmente, a ela. Mas isso pode ser abreviado apenas para alguns séculos ou poucos milênios, se se fizer um esforço consciente para tal.
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