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sexta-feira, 11 de abril de 2014
Ainda sobre crenças, o senhor acredita que todas as pessoas são capazes de encarar a realidade do mundo sem a ilusão de um deus pessoal?
Claro que são. Basta que sejam devidamente instruídas. Especialmente para que tenham um código ético de conduta não baseado em prêmio e nem em castigos além da vida, mas na responsabilidade pela manutenção de uma sociedade harmônica, fraterna, pacífica, justa, ordeira, aprazível, próspera e feliz. para todos e não só para alguns. Isso só pode acontecer se todos forem honestos, prestativos, solidários, de conduta ilibada. A introjeção de uma ética humanista na cosmovisão das pessoas é dever da escola e ter escolaridade é dever do estado e da população propiciar a todos. Quanto às consolações e a esperança que as religiões propiciam, que são completamente ilusórias, elas podem, perfeitamente, serem concedidas pela filosofia e pela ciência, desde que isso seja colocado ao alcance da toda a população. E, mais uma vez, isso é papel da escola. E é papel do governo, enquanto existir, propiciar assistência médica de qualidade a todos, de modo que a confiança no poder da medicina aja em substituição à confiança no poder de milagres, que não existem. Para tal seria preciso que a medicina pública, ou seja, o SUS, fosse o ÚNICO recurso médico disponível para todos, independentemente de seu poder aquisitivo. Ou seja, que não existisse medicina privada. Como também não existisse educação privada. Até que a anarquia abolisse o estado e o governo e a educação e a medicina não fossem estatais, mas fossem totalmente gratuitas para todos, já que não existiria dinheiro.
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