sexta-feira, 11 de abril de 2014

Oi, sou professor de física aqui no RS, tenho bacharelado pela UFRGS e licenciatura em matemática. Nas duas escolas que leciono consegui mudar os planos de estudo e acrescentar no terceiro trimestre para os terceiros anos, Física Moderna. li que você é favor dessa ideia.

Sim. Quando eu era professor na EPCAR, da Aeronáutica, em Barbacena, o segundo semestre da terceira série (o 6º do curso) era todo dedicado à Física Moderna. Mas isso foi nas décadas de 1960 e 1970. E lá eles não se importavam com o que caia ou não nos vestibulares. O livro adotado era o "Advanced Topics Suplement", do PSSC, que nós mesmos traduzimos e publicamos internamente. Os outros quatro volumes do PSSC eram dados nos cinco primeiros semestres, dessa forma: o volume 1 no primeiro semestre, o volume 2 no segundo semestre, o volume 3 no terceiro semestre e metade do quarto e o volume 4 na outra metade do quarto e no quinto semestres. Funcionava que era uma beleza. Tínhamos todos os kits do laboratório com uma réplica para cada dois alunos, que faziam práticas semanais em laboratórios com mesas para dois alunos. Todos os mais de 50 filmes foram dublados por nós e eram passados em películas de 16 mm. Nos tópicos avançados se estudava conservação do momento angular, cinemática relativística, física quântica, física atômica, física nuclear, física do estado sólido e física estatística. Para mim só faltava astrofísica e cosmologia. Tentei implantar isso em outros colégios mas não consegui aceitação. Não só a física moderna mas o método da redescoberta, pelo qual as experiências eram feitas antes das aulas teóricas e, nelas, os próprios alunos descobriam as leis. Para isso as práticas têm que ser semanais e feitas pelos próprios alunos. No máximo com três por equipe, de preferência dois. Senão uns ficam à toa. Um trimestre já é alguma coisa para se ver Física Moderna. Fico contente em saber que há lugares em que isso é feito.

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