segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Eu me lembro de ter uma colega inteligentíssima nas séries iniciais. Era míope e sua família paupérrima. Era de uma humildade ímpar. Anos depois eu a encontrei servindo cafezinhos numa lanchonete no centro da cidade. Fiquei arrasada! Como evitar este desperdício de cérebros no Brasil?

Pois é. O Ministério da Educação tinha que ter um programa de aproveitamento de pessoas mais bem dotadas mentalmente. Essas pessoas fazem uma grande diferença para a população em geral se forem colocadas em postos chaves que demandam grande competência e, especialmente, grande consciência e probidade. Porque, de modo geral, quem seja mais bem dotado mentalmente em termos de capacidades cognitivas, também é mais consciente e mais probo (mas nem sempre). O desperdício dessas pessoas impede que o país cresça em competência técnica, em padrões de lisura administrativa, em justiça social e tudo o mais. O que se percebe é que, justamente, os detentores do poder não querem, em absoluto, que pessoas inteligentes, honestas, competentes, de grande sensibilidade humana e esse tipo de virtudes ocupem postos chaves na política nacional, não só eletivos mas, especialmente, dentro do funcionalismo. Da mesma forma que os grandes empresários querem pessoas competentes, mas não tanto, a ponto de contestar suas pretensões gananciosas. Por isso é que não gosto nem um pouco do capitalismo e vejo o comunismo como a salvação da humanidade. Mas não aquele sistema que foi chamado de comunismo na União Soviética e seus satélites, que alguns querem estabelecer no Brasil, aquele sim, um sistema tão ou mais corrupto, ineficiente e ineficaz, que, ao invés de privilegiar os ricos, privilegia os políticos e burocratas do dito "Partido Comunista", que de comunista não tem nada. Detesto esse socialismo de estado com tanto ou mais ardor com que detesto o capitalismo concentrador.

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