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segunda-feira, 2 de outubro de 2017
Podemos julgar o que é arte?
Claro que sim. Tranquilamente. Considere um ser dotado de sensibilidade, inteligência, vontade, habilidade, órgãos executores e consciência. Esse ser é capaz de produzir objetos, movimentos, sons, luzes, como os humanos. Esses produtos podem ser usados por ele e por outros para fins práticos de controlar a natureza, outros seres ou grupos de outros seres. A atividade correspondente a tal tipo de ação denomina-se "técnica". Todavia tais seres também podem produzir obras cuja finalidade seja propiciar o prazer ao serem percebidas pelos diferentes sentidos. Mesmo que, em paralelo, também possuam uma utilidade prática. Ou não. A atividade correspondente a tal tipo de produção, quando realiza seu propósito e, de fato, provoca prazer na percepção, é o que se chama de "arte". Muitas vezes esse prazer pode não ser sensorial, mas intelectual, isto é, não produzido diretamente pela sensação que captura a comunicação do produto a quem o sente, mas indiretamente, pela percepção do intelecto sobre a mensagem comunicada. Assim a arte se liga a dois aspectos, sem os quais não se realiza. A intensão de assim o ser e a realização do que intenta ser. A qualidade de uma arte, então, se liga ao poder que ela apresenta de provocar esse prazer em sua percepção, dito, então, estético. O prazer estético pode ser provocado por algo que não seja uma obra de arte, por exemplo, uma paisagem natural. Nesse caso, contudo, a paisagem não é uma obra de arte, pois não foi produzida por um ser dotado de sensibilidade, inteligência, vontade, habilidade, órgãos executores e consciência, com o propósito de provocar prazer estético. A arte pode, também, comunicar mensagens meta-estéticas, como éticas, religiosas, políticas, sexuais, românticas ou outras. Mas tais adendos não interferem no valor estético da obra de arte, que pode haver mesmo que a mensagem metaestética encaminhada seja condenável. Porque a ética perpassa todo fazer humano, nada sendo desprovido de valoração ética, inclusive obras de arte. Só que uma obra pode ser eticamente má e esteticamente boa. Ou vice versa.
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