quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Professor, o universo não é perfeitamente homogêneo? Li no blog "simetriadegauge" que as flutuações do campo ínflaton causaram essas desuniformidade que podemos observar, que foram responsáveis por formar galáxias.

Isso depende da escala de distâncias. Para volumes da ordem de cubos com 100 milhões de anos-luz de aresta, o Universo é homogêneo. Abaixo desse tamanho, não. Por exemplo, em cubos de dez milhões de anos-luz de aresta, há uns nos quais não existe praticamente nada e outros em que existem aglomerados de galáxias. Isso é que forma a "teia cosmica" ou os "filamentos cósmicos". Na escala de milhões de anos luz já se está dentro dos aglomerados. Na escala de centenas de milhares de anos-luz, tem-se o tamanho de galáxias e há vários volumes, dentro dos aglomerados, em que não se tem galáxia nenhuma. Dentro das galáxias, nas dimensões de milhares de ano-luz, se tem os braços e os espaços entre eles, com densidades bem diferentes de estrelas. Entra as estrelas já se está em distâncias da ordem de dezenas de anos luz, havendo imensos espaços sem estrelas entre as estrelas. Então essa questão da homogeneidade depende da escala de distâncias. De fato, o surgimento dessas concentrações (estrelas, galáxias, aglomerados, filamentos) e dos espaços quase vazios entre elas, só aconteceu (isto é, o universo não é todo preenchido por um gás extremamente rarefeito mas com a mesma densidade em todos os lugares, independentemente da escala), porque, no início, surgiram inomogeneidades na densidade do campo primordial. Uma vez que surja uma inomogeneidade, por pequena que seja, ela fará o efeito de atrair o conteúdo circundante, aumentando a diferença de densidade entre esse núcleo e o espaço vizinho. |sso se dá em diferentes escalas, o que forma aglomerados e, dentro deles, galáxias e, dentro delas, estrelas.

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