quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Com 9 anos você estudava matemática de ensino superior? Você foi um prodígio?

Sim, estudava. Do mesmo modo que história, geografia, filosofia e sociologia nos livros da biblioteca do meu pai. Sempre adorei estudar e jamais me contentava em saber só o que era ensinado na escola. Também estudava ciências em livros de divulgação que meus pais me davam, como eletrônica, eletrotécnica, atomística, química, biologia, evolução e vários outros assuntos. O Anastácio me arranjava livros de derivadas e integrais, de matrizes e esses tipos de assunto. Mas eu estudava sem compromisso de ser avaliado. Só por curiosidade e prazer. Também estudava piano, desenhava e pintava. Em compensação não praticava esporte nenhum. Jamais tive o menor interesse por esportes. Só gostava de andar de bicicleta. Mas gostava de ler romances e poesias. Acho que me enquadrava na categoria de aluno especial, no sentido de superdotação. Mas as escolas públicas não tinham nenhuma forma de atender esse tipo de aluno. Então meus pais se viravam para satisfazer minha curiosidade. Eu não era bagunceiro. Só que as aulas me entediavam, pois nos primeiros minutos eu já lia tudo no livro e já sabia. Então ficava desenhando histórias em quadrinhos. Os professores não podiam me mandar prestar atenção, pois eu respondia certo tudo o que me perguntavam e não fazia bagunça. Sempre fui o primeiro da turma e sempre ganhei prêmios na formatura, exceto na faculdade, em que era o segundo. Mas, então, a primeira era uma colega de QI 180. Com meus 140 eu não tinha chance. Mas eu não fazia questão de ser o primeiro. Era porque era, quando era. Se não fosse não teria problema. Eu não me esforçava para ser. Não estudava muito. Gostava de aprender coisas diferentes.

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