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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018
Recentemente ouvi que ser anarquista e funcionário público era uma hipocrisia. Discordei da pessoa, mas senti que minha argumentação foi fraca. Pode falar sobre
Não é. Do mesmo modo que não é hipocrisia ser comunista e trabalhar em uma firma capitalista. Acontece que a sociedade em que estamos imersos não é nem anarquista nem comunista. E é preciso viver. Ora, nessa sociedade não se vive sem dinheiro. Logo há que se ter uma forma de obter dinheiro para viver. Honesta, é claro. Existem duas. Ou se tem um salário de um emprego ou se tem renda de uma atividade lucrativa. Pode-se usar uma, outra ou ambas, desde que se aja honestamente. No caso do salário de um emprego, ele pode ser privado ou público. Isso não contradiz com o fato de não se achar que a sociedade, tal como está estruturada, seja da melhor forma possível, que seria a politicamente anarquista e a economicamente comunista (mas podem ser só uma ou só outra, pois são conceitos separados e independentes). Enquanto se mantém a vida com o dinheiro que se ganha (inclusive podendo se valer da fruição de supérfluos, como livros, passeios etc), se trabalha para divulgar e buscar atingir o ideal anarquista e comunista. É até válido que um anarco-comunista se candidate a um cargo eletivo para buscar, caso eleito, tomar medidas que conduzam à anarquia comunista, como, por exemplo, a gradativa participação dos empregados nos lucros das empresas até que se possa abolir totalmente o emprego assalariado. Ou a implantação e disseminação de falanstérios, em vez de residências particulares. A incentivação do desenvolvimento de atividades econômicas gratuitas, para o bem de todos. O estabelecimento de sistemas comunitários como hortas, lavanderias, refeitórios, bibliotecas. Tudo com acesso gratuito e trabalho não remunerado em forma de rodízio. Isso é caminhar para a anarquia comunista. Mas, até que o mundo todo fique assim, se precisará de dinheiro e, portanto, não é incoerente ganhá-lo.
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