terça-feira, 14 de agosto de 2018

Ainda sobre meu proselitismo ateísta.

O proselitismo ateísta não é religioso mas sim anti-religioso. Ateísmo não é religião, em absoluto. Não é uma crença. É uma descrença. Não tem dogmas. Não tem prescrições. Não tem proibições. Não tem liturgias. Não tem templos. Não tem escrituras. Simplesmente é a consideração de que deuses e entidades sobrenaturais não existem na realidade. São fantasias. São abstrações sem correspondência na realidade. Só isso. O proselitismo ateísta é apenas o trabalho de esclarecimento das pessoas a esse respeito. Para que não vivam iludidas. Para que se libertem. Por outro lado o ateísmo não é niilista, mesmo que os niilistas sejam ateus. O ateísmo considera que existem valores, especialmente éticos. Mas não impõe a ninguém qualquer moral. Todavia ser ético é algo que não é dispensável a ninguém, seja ateu ou crente. De qualquer modo, é preferível que se creia em deuses e em entidades sobrenaturais (como a alma, anjos, demônios e similares) sem ser filiado a nenhuma religião do que ser filiado a alguma, seja ela qual for. Certas crenças, contudo, são inteiramente despropositadas, como a que os cristãos professam de que Jesus Cristo tenha sido uma encarnação de deus, que sua morte tenha redimido a humanidade e que ele tenha ressuscitado. Ou a dos muçulmanos de que Maomé tenha recebido o Corão das mãos do arcanjo Gabriel. Ou a de que Krishna seja um avatar de Vishnu. Ou a de que Elias tenha subido vivo ao céu em uma carruagem de fogo. Ou que o mundo tenha sido criado em seis dias e a humanidade nas pessoas de Adão e Eva. Tudo isso são lendas mitológicas inverídicas.

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