terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Ernesto, poderia dar-me um exemplo de uma situação onde o "todo" não é simplesmente a soma de suas partes?

Um raio laser, em que cada onda estimula e amplifica a outra, sendo a onda resultante de intensidade maior do que a soma das intensidades das componentes. Vibrações sonoras em ressonância com a frequência natural do vibrador, capazes de provocar sua ruptura pela amplificação da amplitude além da soma das amplitudes. Todos os fenômenos em que a equação que o descreve seja uma equação diferencial não linear admitem efeitos de retroalimentação que fazem o resultado ser maior do que a soma das contribuições. De modo geral, o comportamento linear é uma aproximação para excitações baixas. Isso não acontece só em Física, mas também em biologia e sociologia, especialmente em psicologia de massas, em que uma multidão desencadeia efeitos exacerbados em relação à simples soma dos efeitos individuais. São esses tipo de efeitos que dão azo ao surgimento do que é chamado de "efeito holístico", que nada mais é do que um situação de reducionismo não linear. Ou seja o comportamento coletivo é função dos comportamentos dos componentes, mas vai além da soma deles. Por causa das estimulações cruzadas e das auto-estimulações.

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