terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O teísmo não se reduz à ideia de dogma. Quantas toneladas de Kant você devorou, hein prof.?

Claro. Tanto que não acho errado alguém ser teísta se isso for uma concepção filosófica advinda de suas reflexões, mas não acho que seja correto ser-se teísta em acatamento a um dogma religioso. A consideração de que Deus exista ou, até, de que seja providente, pode ser aceita, apesar de eu achar que seja incorreta. O que eu não acho válido é se submeter a uma fé sem refletir. Daí o islã, especialmente, ser o supremo exemplo de uma opção descabida. Islã é submissão à vontade de Deus. Para começar, isso não é correto. Porque não contestar Deus? Segundo, para os muçulmanos, a vontade de Deus está expressa no Corão. Como saber se é verdade? Outras pessoas, de outras fés, não acham que assim o seja. Finalmente, quero comentar que não há necessidade de se devorar toneladas de escritos de quem quer que seja para se concluir algo. Basta pensar. Aliás, acho abominável pessoas que discutem ciência e filosofia por meio de citações de fulano e beltrano. Não importa quem tenha dito o que quer que seja. O que importa é o que está sendo dito. Que seja analisado, pensado e repensado e aceito ou rejeitado por seus méritos e não pela pretensa autoridade de quem o diga. Ninguém é dono da verdade. Nem Maomé, nem Jesus, nem Moisés, nem Buda, nem Krishna, nem Aristóteles, nem Platão, nem Aquino, nem Descartes, nem Hume, nem Kant, nem Nietzsche, nem Sartre, nem Freud, nem Jung, nem Einstein, nem Dawkins, nem eu, nem você.

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