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terça-feira, 3 de junho de 2014
O que acha do "princípio da razão suficiente" de Leibniz, que defende que nada acontece sem que haja uma razão suficiente para isso?
Trata-se de um grande equívoco. Mas pode-se entender que Leibniz assim o tenha concebido como um princípio, pois, à sua época, só se tinha acesso a eventos macroscópicos, que exibem, na quase totalidade, uma relação de causalidade, ou seja, são efeitos. Eventos que não são efeitos, isto é, que não possuem causa, só se mostraram a partir do momento em que se teve acesso a eventos em nível subatômico e a partir de quando a mecânica quântica passou a descrever a realidade a partir de outros pressupostos, que não os da física clássica newtoniana, determinista e causal. A causalidade e o determinismo (que não são a mesma coisa) advém da concentração probabilística de eventos que envolvem um imenso número de eventos elementares, levando a densidade de probabilidade a uma ser uma distribuição do tipo "Delta de Dirac". Por exemplo: ao ser excitado, um átomo tem seus elétrons (pelo menos o mais energético) elevado a um nível superior, que é uma condição para que decaia para o nível em que antes estava. Mas esse decaimento é fortuito, isto é, não provocado por nada. Quando ele se dá, há a emissão de um fóton de luz. Mas ele pode se dar a qualquer momento ou nunca. A informação que se tem é sobre a distribuição do tempo de espera para o decaimento, que é um decaimento exponencial, da qual se obtém a "meia vida", isto é, o tempo para que metade de uma coleção de átomos excitado tenha decaído. No caso de uma lâmpada incandescente, o filamento possui cerca de 10^18 átomos de tungstênio. Então a probabilidade de que alguma fração dos átomos decaia em um tempo bem pequeno é quase unitária. Portanto pode-se dizer que a excitação, provocada pela passagem de corrente elétrica no filamento, macroscopicamente falando, seja considerada a causa de seu iluminamento, mesmo que, para cada átomo, individualmente, não seja causa, mas condição.
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