Há duas hipóteses. Se o Universo for infinito, como se considera, atualmente, que seja, então não há problema de se entender que não há lado de fora, pois ele se estende indefinidamente em todas as direções.
Outra possibilidade é que ele fosse finito. Mesmo assim, ele não teria lado de fora e nem uma fronteira. Como assim? Nesse caso ele seria fechado sobre si mesmo, isto é, se se fosse indo sempre para frente, dá-se-ia uma volta completa e se chegaria ao ponto de partida, vindo por trás. Não exatamente no mesmo lugar pois, enquanto se contornaria o Universo, ele iria se expandindo. Para entender isso é que se faz a analogia com a esfera. Considere que as três dimensões espaciais do Universo (largura, altura e profundidade) se reduzam a duas (tiremos a altura). Então nos tornaríamos seres bidimensionais que viveríamos sobre uma superfície e não poderíamos sair dela, nem para cima, nem para baixo. Mas poderíamos nos mover para frente, para trás, para a direita e para a esquerda. Sendo o Universo infinito, essa superfície é um plano, que nunca acaba. Se fosse finito, essa superfície seria a superfície de uma esfera. Estando sobre ela (e não existindo mais nada fora dela), se se fosse para frente, contorna-se-ia a esfera sem achar nenhuma barreira onde ela acabasse e se retornaria ao ponto de partida. Isso é o que aconteceria com as três dimensões do Universo, sendo ele finito. Ele não teria limite e não haveria nada fora dele. Mas ele estaria crescendo, como se, na analogia da esfera, ela fosse um balão que estivesse se inflando.
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terça-feira, 3 de junho de 2014
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