terça-feira, 5 de janeiro de 2016

O número de crentes não nem valida a veracidade da religião (como é óbvio), então o número de eleitores também não valida nenhum partido político, logo a democracia é, em si mesmo, uma falácia. Se então ninguém é igual, porque é que a sociedade iria igualar os deveres? Por Islão, digo sunitas.

Você está fazendo comparações incomparáveis. Em religião, não é o caso dos seguidores de alguma impô-la ao restante por ser majoritária. Cada minoria tem pleno direito de seguir a própria religião. Porque religião não é algo que se aplique à sociedade como um todo. Mas política é diferente. A analogia não se aplica. Não há como se ter vários governos fragmentados cada qual governando a facção que o apoia. Um governo tem que ser único para dada unidade política. E a mais correta forma de se escolher qual seja é a democrática. Assim democracia não é falácia nenhuma. A alternativa, a haver governo, seria uma autocracia tirânica. Uma ditadura. Que, quando existe, nem sempre é apoiada pela maioria. Mesmo que fosse, só por ser ditadura, isto é, autocrática, sem respaldo popular, via representantes eleitos, não teria validade. O fato das pessoas não serem iguais também não implica que devam ter direitos e deveres diferentes por esse fato. Bem como responsabilidades e benefícios. Isso é que é democracia. Uma igualdade de desiguais. Melhor do que isso, só a anarquia. Que as pessoas pensam que seja bagunça e desordem, mas, pelo contrário, é o suprassumo da ordem, da eficiência e da eficácia. Pois é uma sociedade conduzida por pessoas de altíssima consciência política, de total responsabilidade pública, de completo desprendimento e nenhum sinal de preguiça.

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