quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Se no comunismo "A remuneração tem que ser gradativa, só que não tão díspar." tudo bem. Mas esse lance de que no comunismo todo mundo teria as mesmas coisas independentemente do esforço próprio, isso sim seria uma tremenda injustiça.

Mas não é isso. No verdadeiro comunismo, ninguém tem é nada. Tudo é de todos e é compartilhado. O que você obtém por seu esforço não fica só para você, fica para todos. Isso é uma questão de cosmovisão, de modo de encarar o mundo, de desapego, de renúncia à posse e à propriedade. Não é injusto não. Porque seria injusto você produzir para o bem de todos e não só para o seu? Quanto mais alguém trabalhar e produzir, mais todos terão. Quem for preguiçoso será admoestado e impedido de gozar de algumas benesses pelo próprio grupo de convivência, de modo a que se convença da necessidade de laborar para o bem comum. Mas isso não é algo que seja objeto de uma contabilidade rígida. Há quem tenha mais capacidade e quem tenha menos. Mas todos fruem os mesmos benefícios: "De cada um segundo a sua capacidade, a cada um segundo a sua necessidade". Isso é que é eticamente justo.

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