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quarta-feira, 16 de maio de 2018
Caro Ernesto. Quando penso que toda a natureza se formou aleatoriamente, espontaneamente, concluo que o pensamento lógico do ser humano, que estuda e produz Matemática, seria uma aberração sem razão de ser, algo de que a natureza não necessita, mas que nos é útil. Pode comentar? Abraços.
Em razão da evolução, o ser humano adquiriu a capacidade do pensamento abstrato, que, como tudo na evolução, não surgiu visando nenhum propósito. Mas, uma vez dispondo desse recurso (que também existe em outras espécies em grau menos desenvolvido, de modo que não se pode dizer que a essência do homem é ser um "animal racional", pois outros também o são, em menor grau), o ser humano dele fez uso, inicialmente de forma inteiramente lúdica (leia o livro "homo ludens"), mas, depois, vendo que poderia ter utilidade e dela se serviu. Isso vale para a matemática e para uma série de atividades mentais abstratas, como a linguagem, quer escrita, quer falada, as habilidades técnicas e assim por diante. O homem seria capaz de sobreviver sem delas fazer uso, mas uma vez que se tornaram disponíveis pela evolução ele as aproveitou para melhorar a qualidade de sua vida. Inclusive desenvolvendo a cultura e a civilização que, domando os instintos, possibilitou uma vida muito mais frutuosa e aprazível do que a vida selvagem primitiva. Esse processo civilizatório, todavia, está inconcluso (aliás nunca se concluirá, mas ainda está bem incipiente), de modo que ainda existem crimes, guerras, disputas, injustiças, trapaças, corrupção, maldades e uma série de comportamentos e atitudes não civilizadas na humanidade. Quando isso for superado, serão dispensados os governos, as fronteiras, a propriedade, o dinheiro, os advogados, os juízes, os policiais, os militares, os bancários, os contadores, os carcereiros, as armas (talvez ainda necessárias para se proteger de feras animais, mas que poderiam lançar dardos paralisantes para que o animal fosse removido sem precisar matá-lo), e uma série de coisas que são, apenas, o atestado da falta de civilização da humanidade.
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