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quarta-feira, 16 de maio de 2018
Se a sociedade mundial se tornar anarquista, como ficarão as culturas? Será que ainda teremos muitas diferentes? Ou elas se fundirão em uma cultura única mundial? Ao pensar nisto, fico com uma sensação de monotonia, pois sou grande admirador da variedade cultural que a humanidade possui.
A anarquia não significa abolição de países e nem de culturas e civilizações, bem como tradições (exceto as maléficas). O que é abolido na anarquia são os estados soberanos e seus governos e, consequentemente, as fronteiras. Mas os países continuarão a existir, bem como os povos, inclusive evoluindo, desmembrando, fundindo, como vem acontecendo ao longo da história. O mesmo se dará com as línguas, que se modificarão, extinguirão, surgirão como sempre foi. Só não será para sempre porque o Universo, dentro de certo tempo (centenas de trilhões de anos) não apresentará condições ambientais para a existência de vida alguma. Se, além da anarquia, como preconizo, também se instituir o comunismo (que nunca ocorreu e é muito diferente do socialismo que existiu na União Soviética, seus satélites, Cuba, Coréia do Norte, China e outros lugares), então, além dos estados e governos, também serão abolidas a propriedade privada e, idealmente, o dinheiro. Tudo será então, compartilhado por todos, nada sendo de ninguém e tudo sendo de todos (inclusive maridos e mulheres). Aí, sim, se terá um mundo harmônico, fraterno, equânime, justo, próspero, livre, saudável, aprazível e feliz para todos e não só alguns. Um mundo sem pobres, sem ignorantes, sem doentes, sem tristes, sem infelizes, sem desonestos, sem injustos, sem malvados, sem criminosos, sem prisões, sem polícia, sem guerras, sem militares, sem advogados, sem juízes, sem promotores, sem contadores, sem banqueiros, sem bancários. O mundo ideal.
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