segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Achas que a tua nacionalidade influencia a forma como te comportas?

Não. Inclusive meu comportamento é completamente distinto do comportamento brasileiro comum. Meu modo de ser, minhas atitudes, aquilo de que estou convencido, meu estilo de vida, minhas concepções, meus gostos e minha filosofia estão muito mais para um britânico, um japonês. um austríaco ou um tcheco, por exemplo, do que para um brasileiro. Nem para nenhum latino-americano, árabe, indiano, chinês, ou mesmo norte-americano, espanhol, italiano, grego. Talvez para um sueco, norueguês, dinamarquês, holandês, islandês ou finlandês. Realmente não me sinto um brasileiro típico. Mas eu gosto do Brasil e faço o máximo esforço para ver se consigo mudar as pessoas para que deixem de se comportar da forma brasileira nos aspectos em que esse comportamento é nocivo ao bem pessoal e geral. O resto é totalmente válido, mesmo que não seja como eu sou. Em verdade sou muito imune a influências do meio em que me insiro. Sou muito personalista e não me importo nem um pouco com a opinião dos outros sobre mim. Sou assim desde criança. Na escola eu usava camisa abotoada até o pescoço, diferentemente de todos os colegas. Nunca usei tênis, só sapato. Nunca uso camisa para fora da calça. Nem uso camisa de malha com escritos ou imagens. Gosto mais de camisa de pano abotoada. Dou uma concessão apenas para camisas pólo. Gosto de usar paletó e gravata, mesmo que não seja preciso. Gosto de cardigãs e paletós tweed (hoje chamados de blasers). Isso quanto à indumentária. Gosto de música clássica, que ouço muitas horas por dia. Gosto de filmes musicais e históricos. Gosto de teatro e de ópera. Leio muito (na base de um livro por semana), não só livros científicos e filosóficos, mas literatura, especialmente a literatura clássica e não os best-sellers atuais. Não gosto de esportes, não gosto de festas, não falo gíria, não bebo para ficar tonto, prefiro vinho do que cerveja, não converso abobrinha. Mas não sou pernóstico, seboso, convencido, casmurro, chato. Outra coisa bem diferente da maioria dos brasileiro é que adoro estudar. Estudo de tudo, mesmo que não me tenha nenhuma serventia prática. Apenas pelo prazer de saber. Principalmente se for algo extremamente difícil. Aí é que eu fruo o máximo prazer. Como teoria quântica de campos em nível de pós-doutorado. Em suma, sou brasileiro de nascimento e uma pessoa totalmente leal ao Brasil. Mas não sou brasileiro no modo de ser. Isso não me envaidece e nem me aborrece. Apenas é como sou e não vejo porque não ser.

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