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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Professor, qual é a sua opinião sobre essa matéria? http://nupesc.wordpress.com/2013/01/18/holograma-cosmico-sera-o-universo-uma-projecao-vinda-do-futuro/
Acho que é uma total "viagem na maionese", como várias outras propostas teóricas que surgem de soluções matemáticas, como os buracos brancos, as pontes de Einstein-Rosen, os universos paralelos, os táquions, as supercordas etc. O fato de se ter uma solução matemática não significa que o que ela representa exista na realidade. Aliás, a grande diferença entre a matemática e a física é que esta exige que se faça uma verificação fática dos modelos teóricos para que sejam aceitos. Por isso é que Einstein só foi levado a sério depois que se mediu a precessão do periélio de Mercúrio e o desvio gravitacional da luz pelo Sol em um eclipse. Para isso é que se construiu o LHC: para testar a validade da teoria de grande unificação com a comprovação da existência do bóson de Higgs e outros fenômenos previstos. Os próprios buracos negros, por muito tempo foram meras conjecturas até que se achou um meio de se testar a sua existência e se comprovou (pelos discos de acreção). Einstein inseriu a constante cosmológica em sua equação porque não se sabia que o Universo estava em expansão e a sua teoria previa isso. Depois que se descobriu a expansão ele tirou a constante. Agora ela está sendo considerada de novo para explicar a aceleração da expansão e não a desaceleração antes considerada. Na Física há que se ter uma constante retroalimentação da teoria com a experimentação e a observação. Um fato novo requer uma mudança na teoria. Uma solução teórica nova requer uma verificação para ser aceita como válida. Esta agora, me parece extremamente fantasiosa. Mas não digo que deva ser aprioristicamente descartada. Há que se encontrar um modo de se poder verificá-la. Minha tese de mestrado, por exemplo, versou sobre as possíveis consequências de uma massa não nula do fóton, abaixo do limite experimentalmente conhecido (sabe-se que ela, se houver, é menor do que 1,07E-52 kg). Mas se fosse menor ainda? Que consequências traria? Como medir isso? A resposta é que provocaria uma anisotropia detectável na distribuição da radiação de fundo cósmica, indicando um "eixo do Universo", que não é observacionalmente detectado. Logo... o foton tem, de fato, massa nula.
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