domingo, 23 de fevereiro de 2014

Ainda não compreendi a razão de buscarmos ética em uma vida tão efêmera e oriunda de mero acidente. Nós buscamos a nossa felicidade, pois NÓS que a sentimos; cometendo atrocidades, ferimos a felicidade alheia, mas não a nossa. Em princípio,não há por que se preocupar com a felicidade alheia tbm, há?‎

Claro que há. Porque a felicidade individual é o resultado da felicidade coletiva. Porque temos empatia. Porque o mundo só será propício à felicidade de todos se todos se dedicarem à felicidade uns dos outros. Quem busca a própria felicidade, egoisticamente, não a alcançará, pois não será querido pelos outros e o maior fator para a felicidade é sentir-se amado. A felicidade não é conquistada. Ela é um brinde que a vida propicia a quem dela se esquece e vive para o bem de todos. Isso não tem nada a ver com Deus nem com nenhuma recompensa post-mortem. Nem com se evitar qualquer castigo eterno. E a ética é, justamente, a forma de agir de modo a maximizar a felicidade do maior número de seres, nem só humanos. De agir sem provocar prejuízo, dor, tristeza, infelicidade. De agir como se gostaria que agissem para conosco. De agir de forma a poder erigir essa ação como norma universal a ser prescrita para todos em benefício de todos. Por isso a ética é necessária e muito válida. E a moral tem que ser ética. Quando não for, que se mude a moral.

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