domingo, 23 de fevereiro de 2014

Como um universo que no passado esteve em uma situação de alta concentração, comprimido em uma dimensão extremamente pequena, poderia ser infinito hoje? Para ele ser infinito em tamanho, não seria necessário um tempo infinito de expansão?‎

Se o universo é infinito, ele sempre o foi, mesmo no Big Bang. O que acontece é que o Universo Observável, que hoje tem um raio de 46 bilhões de anos-luz em torno de nós, no Big Bang se reduzia a um tamanho menor do que um átomo. Mas, além dele, existe e sempre existiu uma infinidade de universo. A expansão é da separação entre os pontos do espaço e não um movimento do conteúdo dentro do espaço. Em seu surgimento, que deve ter-se dado imediatamente antes do Big Bang, houve um surgimento infinito de conteúdo e espaço. Só que, naquele, momento, com densidade estupidamente grande. A expansão do espaço foi rarefazendo a densidade até a atual. Mas o espaço e o conteúdo sempre foram e continuam sendo infinitos. O que acontece é que os atributos globais desse conteúdo, como carga, momento linear, momento angular, número bariônico, número leptônico, estranheza, paridade e os demais sempre foram e continuam sendo nulos. A dúvida é sobre o total do conteúdo de massa-energia, que também pode ser nulo, mas ainda não se tem um valor bem conhecido. Acontece que a energia cinética, térmica, de repouso e fraca, positivas, podem contrabalançar com a forte e gravitacional que são negativas, enquanto a eletromagnética tanto é positiva quanto negativa. A energia escura seria positiva, mas essa é que não se sabe o valor para ver se contrabalança com o resto para dar um total nulo, não no Universo Observável, mas no Universo todo. Isso ainda não se sabe. No Universo Observável tem-se essa indicação:
http://scienceblogs.com.br/universofisico/2012/01/inventario-da-energia-do-universo/

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