segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O vácuo pode ter gerado o big bang? “O vácuo pode ser inteiramente vazio de matéria, mas não de energia. Se pudéssemos observar o vácuo em dimensões infinitamente pequenas e lapsos de tempo infinitamente curtos, muito menores e mais curtos do que a tecnologia atual é capaz de fazer, [continu‎ação] veríamos que o vácuo é tudo, menos estático, e que nele partículas pipocam a partir do nada e desaparecem instantaneamente. Em determinadas condições, entretanto, essas partículas virtuais não precisariam necessariamente desaparecer.”

O vácuo não possui matéria e nem energia, pois energia não é algo e sim o atributo de algo. O que o vácuo contém é campo (podendo ter, também, radiação, mas ela não existia antes do Big Bang). De fato, o que surgiu quando o Universo surgiu, antes do Big Bang, foi um vácuo, ou seja, um espaço com campo (não existe espaço vazio). Se o Universo for infinito, como se considera que seja, essa vácuo também era infinito em extensão. Se o Universo for finito, ele era finito e muito pequeno. Mas com uma imensa densidade de energia (note que isso não é um conteúdo e sim um atributo do conteúdo. O conteúdo é o campo). Acontece que, essa densidade de energia era tão alta que não permitia ao campo produzir pares de quantizações de partículas e anti-partículas. Isso só aconteceu porque o espaço que continha esse campo começou a se expandir e, 10^-40 segundos depois, permitiu essa produção de quarks, anti-quarks e glúons. O mecanismo de expansão do espaço, contudo, é independente do mecanismo de produção de pares. Logo a seguir, uns 10^-30 segundos depois, houve a inflação, que foi outro mecanismo. Tudo isso ainda não é bem esclarecido, e estudos continuam a ser feitos. Quando a inflação acabou, o espaço tinha se dilatado por um fator linear de mais de 10^70 (mesmo continuando infinito - isso se refere à separação entre os pontos). Com essa dilatação, a densidade de energia caiu mais ainda e se pode produzir pares de léptons e antiléptons, a princípio pesados, até que decaíram em elétrons e antielétrons. Durante 377 mil anos o Universo ficou totalmente preenchido por matéria e antimatéria em processo de aniquilação e produção, com a formação de radiação e sua recombinação. Até que a separação entre as partículas permitiu que houvesse decaimento antes da aniquilação e, então, como a meia vida da matéria e da anti-matéria não são iguais, apareceram partículas sem suas opostas para se aniquilarem e o processo terminou, com a sobra de uma partícula de matéria para cada bilhão de partículas de matéria e antimatéria, ficando esse bilhão menos um como fótons da radiação de fundo. Então o Universo deixou de ser o interior de uma única estrela opaca e se tornou transparente, preenchido por um plasma de hidrogênio e hélio (os prótons e nêutrons se formaram a partir de 3 minutos do Big Bang).

2 comentários:

Unknown disse...

policyOlá, eu estou terminando de fazer um artigo sobre uma teoria no qual eu criei que fala um pouco do que vc escreveu aqui,achei bastante interessante sobre o que você pensa sobre o vácuo e queria saber se tem algum autor ou livro que baseou esse conhecimento,se possivel deixarei meu email para mantermos contato,desde então grata.
email: nessalukovik@hotmail.com

Unknown disse...

Olá, eu estou terminando de fazer um artigo sobre uma teoria no qual eu criei que fala um pouco do que vc escreveu aqui,achei bastante interessante sobre o que você pensa sobre o vácuo e queria saber se tem algum autor ou livro que baseou esse conhecimento,se possivel deixarei meu email para mantermos contato,desde então grata.
email: nessalukovik@hotmail.com

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