quinta-feira, 8 de junho de 2017

http://goo.gl/12dyHJ "Este ano já foram mortos, pelo menos, 85 gays, lésbicas e travestis." Enquanto isso, o número de suicídio no Brasil é de 60 mil por ano. "Quanta homofobia!" Um assassino que nunca estudou mata um gay, "minha nossa!, vamos distribuir material de gayzismo nas escolas".

Você está debochando de uma coisa séria. Matar alguém em razão de sua orientação sexual, sua filiação religiosa, sua concepção ideológica, sua etnia, seu gênero, sua procedência natal ou algo do tipo é uma barbaridade comparável à inquisição. Homofobia, credofobia, etnofobia, generofobia e outras que tais são atitudes reveladoras de um caráter extremamente perverso e não condizente com uma convivência fraterna de todos os seres humanos. Boa parte dos suicídios se deve, inclusive, ao fato da pessoa ser rejeitada pela família, pelos amigos e pela sociedade por se assumir como homossexual, adepta de uma religião não partilhada pela maioria (ou de nenhuma) e fatos análogos (ser poliamorista, por exemplo). Ou por a pessoa não suportar abafar sua condição para não transparecê-la, como aconteceu com Tchaikovsky. Numa sociedade civilizada, como é desejável que seja, todas essas circunstâncias são aceitas com plena naturalidade, pois não se constituem em nada prejudicial a ninguém e, pelo contrário, trata-se de um fator, quando aceito, de realização pessoal e felicidade. O "material de gayzismo" a que você se refere é um material que busca levar o estudante a encarar a homossexualidade como uma atitude perfeitamente normal e aceitável, como tem que ser mesmo. Não é nenhum material fomentador da homossexualidade, inclusive porque ela é algo inato na pessoa. O que o material faz é mostrar que não é preciso abafar tal condição quando ela se apresentar, porque a sociedade tem que aceitar todos como são dentro da normalidade. Senão é como se fosse ter preconceito contra canhotos (o que, pasme-se, já aconteceu no mundo).

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