sexta-feira, 9 de junho de 2017

Mas professor, em uma pergunta anterior, você falou que a energia radiante advém da massa dos prótons e nessa última que eu fiz, falou que advém das energias eletrostática e potencial nucleares. Como conciliar isso?

Todas as formas de energias são provenientes de outras formas de energia ou de massa. Ao haver reações nucleares, há transformações de núcleos e de partículas desses núcleos (núcleons). No caso dos núcleos, têm-se energias de ligação entre suas partículas constituintes, que são elétricas e nucleares (fortes). Essas energias estão incluídas nas massas dos núcleos. No caso dos núcleons (prótons e nêutrons), como eles não são partículas elementares, suas massas incluem energias internas de suas partículas elementares constituintes (quarks e glúons). Numa reação nuclear tanto há transformação de núcleos quanto de núcleons (geralmente por decaimento beta, que se deve à interação nuclear fraca). Por exemplo, na fusão de quatro hidrogênios para formar um hélio, há a transformação de dois prótons em dois nêutrons, bem como a formação do núcleo de hélio, que possui energias de ligação entre os núcleons, inexistentes no núcleo do hidrogênio. Isso tudo redunda em uma liberação de energia (mesmo considerando que a reação não é direta, mas passa pela fase de formação de deutério e trítio) que é colocada como energia cinética dos produtos (temperatura) e energia radiante dos fótons emitidos. Em reações de fissão, costuma não haver transmutação de núcleons, mas há mudança de núcleos, cujas massas finais somadas são menores do que a massa do núcleo original, mesmo que o número de prótons e nêutrons não modifica (mas às vezes modifica), pois as massas incluem as energias internas de ligação, de origem nuclear e elétrica.

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