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sexta-feira, 9 de junho de 2017
Você há pouco confirma aqui que não é possível se entrar vivo num buraco negro, porém também me forneceste as relações “v² = 2.g.r , e também r. v² = 2.G.M e g = G.M / r²”, que garantem a aproximação inócua a buracos negros de grandes proporções. Não lhe parece incoerente afirmar as duas coisas?
De modo nenhum. O que acontece é que a derivada do campo gravitacional em relação ao raio, que vale -2GM/r³, que é chamada de gradiente, fica tão grande próximo ao horizonte de eventos, que um afastamento de milímetros já faz variar a intensidade do campo gravitacional de dezenas de milhões de N/kg, o que faz com que um corpo, mesmo pequeno, seja estilhaçado, pois a aceleração que a parte mais próxima dele do Buracos Negro sofre é estupidamente maior do que a que a parte mais afastada dele sofre. As fórmulas que você apresentou valem para uma partícula, isto é, um corpo sem extensão. Para um corpo com extensão, mesmo milimétrica, o valor de g pode ser diferente entre um lado e o outro dele. Próximo a um buraco negro essa diferença é tão grande que o corpo se fragmenta. Nem precisa ser um buraco negro. Isso é que estilhaçou as luas de Saturno que formaram os seus anéis e que estilhaçou o planeta que se transformou nos asteroides. O que acontece é que, no ensino médio, não se aprende derivada e fica se pensando que as grandezas permanecem constantes, não se estudando os efeitos de suas variações.
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