quarta-feira, 29 de novembro de 2017

http://ask.fm/wolfedler/answers/138622944285, creio ter entendido seu ponto: p.ex., tenho direito de achar homem de calça apertada ridículo, mas não tenho o direito de agredi-lo (fisicamente ou com palavras) por isso. No Brasil, confunde-se as duas coisas.

Isso mesmo, mas não apenas. Não posso, por exemplo, recusar aceitar o trabalho de uma pessoa por ela usar calça apertada, ou brincos, ou tatuagens, mesmo que eu não aprecie tais coisas. Não posso achar que esse modo de ser comprometa o caráter da pessoa. Mas posso não apreciar. Como posso não apreciar, por exemplo, mulheres que usam a cabeça raspada. Ou que não raspam as axilas. Isso é uma questão de gosto. Mas eu não tenho preconceito contra nada disso. É muito diferente ter preconceito e não gostar. Não gosto de funk, mas não acho que quem goste de funk seja uma pessoa sem caráter, por exemplo. Nem posso não recomendar essa pessoa para algum trabalho porque ela gosta de funk. Por exemplo, eu acho feio quem pinte o cabelo com uma profusão de cores (roxo, amarelo, verde, azul). Mas não tenho nada contra se a pessoa gosta e usa. Só acho feio. Como posso achar feio algum estilo arquitetônico, algum tipo de pintura, a literatura de algum escritor. Gosto é gosto. Se eu não gosto, há quem goste. Então eu não aprecio homossexuais que se comportam de modo histriônico. Não tenho preconceito, mas não aprecio. Só isso. E jamais vou gostar de algo que não gosto porque seja politicamente correto, por exemplo.

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