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quarta-feira, 17 de janeiro de 2018
Ernesto, você já foi/é ciumento?
Não sou e nunca fui. Considero o ciúme uma completa falta de respeito e de amor. É um sentimento possessivo e, portanto, nojento. Quem ama de verdade quer que a pessoa amada seja completamente livre, inclusive para amar a outrem. Não consigo admitir o menor traço de possessividade e de controle sobre a vida da pessoa amada. Esse tipo de concepção faz parte de minha cosmovisão desde que me entendo por gente e me foi transmitido por meus pais que eram extremamente liberais e altruístas. Acho que todo mundo tem o direito e a liberdade de amar a mais de uma outra pessoa, não só sequencialmente como concomitantemente. Sem o menor problema. Inclusive com a realização factual desse amor em um relacionamento amoroso atual. Ou seja, acho que minha mulher poderia ter outros maridos. Se eu amo eu quero ser amado em retribuição, pois isso me trará felicidade. Mas eu não deixo de amar por não ser correspondido e nem por não ser exclusivamente amado.
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