segunda-feira, 21 de maio de 2018

Ernesto, o princípio da superposição (de uma força) é uma verdade experimental. No entanto, este princípio tem como necessidade que o sistema seja linear. Ora, como este princípio pode ser válido se a natureza não é linear?

O princípio de superposição diz que, se um sistema está sujeito a interações mecânicas por parte de vários outros sistemas (mecânicas no sentido de produzirem alteração no movimento do sistema, mas podendo ser de origem elétrica, magnética ou qualquer outra). Então o seu centro de massa sofrerá uma única aceleração, como se fosse produzida por uma única interação, cuja intensidade é representada por uma única força, denominada resultante. O "Princípio de Superposição" vem a ser, justamente, a afirmação de que essa força resultante pode ser matematicamente obtida a partir de operações com as forças devidas a cada uma das interações presentes. O fato de que essa resultante possa ser matematicamente encontrada pela soma vetorial das forças de interação que se apresentariam, se cada uma das interações existisse sem a presença das demais, é que é o "Princípio de Superposição LINEAR". Tal princípio é uma aproximação válida para interações suficientemente fracas. No caso de interações fortes, a resultante (que é uma força fictícia, isto é, uma abstração, concretamente inexistente), não vale a soma vetorial das forças individuais, mas uma expressão mais complexa, que envolve termos quadráticos e termos produto das forças envolvidas. Isso é particularmente ocorrente no caso da interferência de raios laser de alta potência e pode ocorrer, também, em situações cosmológicas. Inclusive minha tese de mestrado foi sobre acoplamento não mínimo (não linear) da gravitação com o eletromagnetismo.

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