quarta-feira, 23 de maio de 2018

Sendo contra as competições, também seria contra os concursos entre pianistas, violinistas, cantores líricos, etc, onde são distribuídos prêmios aos vencedores e o que os ajuda na divulgação das próprias carreiras?

Sim, acho que se devam divulgar músicos de qualidade em programas que eles se apresentariam sem que houvesse competição. Claro que haveria uma triagem dos incompetentes e sem valor. Mas não é preciso que haja concurso nenhum. Só o fato de se apresentar em um programa de televisão, muitas vezes acompanhado de uma orquestra, já é suficiente galardão para uma carreira. Admito seleção por mérito quando for para ocupar alguma função ou trabalho em que o número de pretendentes seja maior do que o número de vagas. Então a escolha tem que cair sobre os mais competentes, mais responsáveis, mais dedicados, mais articulados, mais entrosados, mais criativos, de mais iniciativa. Infelizmente esses últimos seis itens não são avaliados nas seleções, o que leva à contratação de pessoas de alta competência técnica mas irresponsáveis, negligentes, preguiçosas, não cooperativas, não dedicadas, não entrosadas, da baixa iniciativa e criatividade. Na iniciativa privada o problema é solucionado facilmente pela demissão da pessoa, mas no serviço público, a estabilidade impede a demissão por negligência ou incompetência ou esses outros fatores mencionados. Mesmo considerando que hajá o período probatório, há quem se comporte muito bem nele e, depois, se revele problemático. A estabilidade do funcionalismo público é perversa para o bem público.

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