Sim, mas apenas se a moral da sociedade que o excluiu não seja ética e a sua sim. Então ele teria a obrigação de contrariar a moral vigente. Foi o que fez Sócrates e por isso foi condenado. Mas se a pessoa tenha sido marginalizada exatamente por seu comportamento anti-ético a sociedade deve impedi-lo de agir por sua moral. Essa questão de moral e ética é preciso que fique bem clara. A ética concerne ao que seja certo ou errado de uma forma filosófica, isto é, em termos do bem e do mal. A moral não. Ela estabelece o que se pode ou não pode fazer em termos do que aquele grupo, naquele momento, lugar e estrato social, considera que seja permitido, prescrevido ou proibido. O ideal seria que a moral sempre seguisse a ética, mas nem sempre isso ocorre. Portanto a moralidade pode ser errada e a imoralidade certa. Por exemplo, existe uma noção de que não se deva denunciar um amigo que faça algo errado, por companheirismo. Isto é uma prescrição moral. Mas está errada, pois não se pode permitir que se aja de forma errada, mesmo que seja um amigo, ou até um filho. A poligamia é imoral, mas não é anti-ética, pois não causa mal a ninguém. A lapidação de adúlteras é moral em certas sociedades, mas é anti-ética, como a ablação do clitóris, ou o enterro de recém-nascidos aleijados vivos, entre os índios. Pessoas de consciência ética têm que contrariar esses costumes e se erguer contra sua manutenção, mesmo contrariando tradições. Tradições não devem ser mantidas apenas por serem tradicionais. Se forem nefastas têm que ser abolidas.
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