sexta-feira, 9 de setembro de 2011

É verdade que tudo que é captado por nossos sentidos permanece eternamente armazenado em nossos neurônios mesmo que a maior parte de forma "inativa"? Por que não podemos estar aptos a lembrar de tudo sempre que quisermos?

Não fica não. O que é captado pelos sentidos é armazenado provisoriamente no hipocampo, que é são duas estruturas encefálicas mais ou menos atrás das orelhas, mais profundamente, por trás dos lobos temporais, na direção dos olhos. Têm o tamanho de um dedo mínimo e com a forma de um cavalo marinho, daí o seu nome. Trata-se da memória de curta duração. Os registros são formados por estruturas de sinapses, que ligam dendritos de um neurônio ao axônio de outro. Certas características fazem com que alguns registros sejam carimbados como relevantes e outros não. Dois fatores se destacam: o envolvimento emocional e o reforço. Quando o hipocampo fica saturado de conexões, sobrevém o sono. Se não se dormir, as percepções começam a não ser registradas. No sono é feita uma varredura do hipocampo e a transferência dos registros tidos como relevantes para o córtex, onde ficam registrados em definitivo. A maioria, contudo, é, simplesmente, apagada. Por isso todo estudante tem que reforçar o que aprendeu na aula com um estudo posterior, no mesmo dia, antes de dormir. Mas isso só será um reforço se, durante a aula, tiver havido uma interação envolvendo muitos sentidos, para que o registro fique vigoroso. Ou seja, tem que se ver, ouvir, escrever (manuscrito, não digitado), perguntar, participar e prestar a máxima atenção. E depois revisitar o conteúdo, de preferência escrevendo um resumo, como se fosse preparar uma aula daquilo (também à mão). Antes de dormir, no mesmo dia. Assim é que se aprende. Outra alternativa é o envolvimento emocional, isto é, se o assunto for algo por que a pessoa se sinta apaixonada.
Veja este artigo:
http://en.wikipedia.org/wiki/Hippocampus

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