sexta-feira, 9 de setembro de 2011

No deslocamento de ondas transversais provocadas em uma corda, não ocorrem movimentos de partículas neste mesmo sentido. Posso concluir da mesma forma, que numa onda eletromagnética, o fóton não pode ser considerado uma partícula em movimento?

Não porque há uma diferença fundamental entre as duas situações. Uma onda numa corda é um perturbação em um meio que já está colocado no lugar, enquanto na onda eletromagnética não existe um meio prévio que vai oscilar. O próprio meio, que são os campos elétricos e magnéticos, vai se formando à medida que a onda ondula pelo processo de indução mútua. Isto é, um campo elétrico oscilante cria um campo magnético oscilante que cria um elétrico e assim vai. Esses campos vão sendo propelidos para frente no sentido perpendicular à sua oscilação. O fóton nada mais é do que a quantização deles, isto é, uma limitação do valor da energia carreada em função da frequência, de tal forma que não existe emissão nem absorção de onda eletromagnética a não ser nesses pacotes com esse quantum de energia. Se o sistema absorvedor não comportar essa energia, ela não é absorvida e o fóton prossegue incólume. Ele é como uma "ondinha" com um certo tamanho que não pode ser fragmentada. Qualquer fluxo de onda eletromagnética é, portanto, uma saraivada de fótons. E todos eles se movem com a velocidade constante "c", em qualquer referencial. A chamada velocidade da luz em um meio, que é menor do que "c", é apenas uma média estatística da propagação entre átomos, com absorções e emissões. Mas, de um átomo ao outro, dentro do meio, o fóton está no vácuo. Note que o fóton não é a coisa que oscila na onda eletromagnética. O que oscila são os campos. O fóton é o pacote de campos oscilantes. E ele se move sim, com a velocidade "c". Além disso, a oscilação dos campos não é um movimento e sim uma variação de intensidade. O único movimento é na direção da propagação.

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