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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Boa noite, Ernesto. O senhor acha que é possível eliminar a subjetividade da arte ou ela tem que ser necessariamente subjetiva? Caso não, dizer que a música erudita é melhor que o funk carioca é apenas ma opinião?
Acho que existem critérios objetivos de apreciação da arte. Quanto ao fato de agradar ou não, isso é subjetivo. Mas o valor artístico não é subjetivo. Há elementos que podem ser considerados como balizadores de critérios de aferição do valor artístico de qualquer arte e não apenas a opinião dos apreciadores. Eles se reportam às características de cada arte, mas, em geral podem ser elencados como harmonia, formosura, contraste versus equilíbrio, colorido (mesmo musicalmente falando), fluidez ou melodismo versos ruptura, ritmo (mesmo plástico), movimento, serenidade versus agitação, impacto, inventividade, criatividade, originalidade, despertar de sentimentos e emoções, instigância intelectual, refinamento versus rusticidade e uma série de outros aspectos que analisados separadamente e em conjunto confiram à obra de arte o seu valor expressivo como produto intelectual do homem. Uma obra pode ter valor e ser esteticamente desagradável a muitos. Ou ser agradável e não ter valor quase nenhum. Esse tipo de aferição é bem difícil de ser feita. Mesmo não sendo possível uma avaliação totalmente objetiva, pode-se procurar, pelo consenso de subjetividades, uma aproximação da objetividade.
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