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terça-feira, 19 de março de 2013
Discorra acerca da citação de Lewis: http://www.facebook.com/photo.php?fbid=438952382846116&set=a.171207366287287.43204.100001940758292&type=1&relevant_count=1
Ele está totalmente equivocado e sem razão. Não é pela autoridade dos autores que acreditamos nos relatos históricos. Eles podem ser cotejados a partir de múltiplas fontes, tanto documentais, quanto arqueológicas. Quanto aos científicos, muito menos. Todas as afirmações científicas são passíveis de verificação e elas são feitas corriqueiramente, corroborando-as. Além disso, em ciência, existem as consequências das interpretações que levam à previsão de ocorrências que podem ou não confirmar as hipóteses. Quando elas não são confirmadas, a ciência se revê. Com as ditas "verdades religiosas", não há nada disso. Elas são aceitas exclusivamente com base na autoridade de quem as formulou. O que está na Bíblia, no Corão, no Mahabharata, no Zend-Avesta, nos Analectos, no Torá, nos livros de Allan Kardec, não é passível de verificação experimental e nem de cotejo com outras narrativas contemporâneas. Trata-se, tão somente, das opiniões das pessoas que os escreveram e que asseveram que seja verdade. Só que, de modo diverso da ciência e da história, essas ditas "verdades" se contradizem. Então é preciso se posicionar sobre qual das "verdades" é verdadeira. Em ciência, sempre que há discordância, promove-se um debate e muitas pesquisas para se achar a verdade, pelo menos, provisória. Em religião não. Não se reúnem os teólogos de todas elas para debater, fazer experimentos e testes e, finalmente, concluir qual delas é a certa em cada assunto, de modo que todos desistam do que for incorreto e todos aceitem o que for correto, uns dos outros. Não aceitar nada por conta da autoridade de quem diga é uma atitude completamente sensata e é a que deve presidir o modo de entendimento da realidade. Assim procede a ciência e a história também é uma ciência, mesmo que com metodologia diferente. As religiões são dogmáticas. Por isso não se prestam, em absoluto, a explicar a realidade do mundo. A filosofia fica num patamar intermediário. As assertivas não são aceitas em nome da autoridade de quem as faça, mas também não há uma metodologia para decidir entre alternativas conflitantes. Isso também se dá com a Economia, a Sociologia e a Psicologia. Por isso não são ciências bem estabelecidas, mas, eu diria, "protociências". Para ser ciência, de fato, tem que ter o "corte epistemológico", isto é, a cada momento, só existe uma explicação aceita para cada assunto. Quando uma nova surge, ela substitui a anterior, não havendo explicações distintas em paralelo, aceitas parte por uns, parte por outros.
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