sábado, 23 de março de 2013

O budismo alerta para a noção equivocada de ego, afirmando que não existe um "eu" substancial e permanente. A Mecânica Quântica, que descreve o comportamento caótico e aleatório de partículas subatômicas é o respaldo científico pra essa afirmação? Abs!

O budismo está errado. Existe um "eu" e um "ego", mas são conceitos diferentes. O "eu" ou "self" é a parte da mente que é a "dona" da pessoa. É o núcleo da pessoa, a "autoconsciência", isto é, a percepção interna de si mesmo como distinto do resto do mundo. Esse "eu" tem uma permanência dinâmica, isto é, ele é o que "está sendo", a cada momento, mas muda. Só que essas mudanças são interligadas por uma continuidade histórica da existência que a memória registra. O ego é a personalidade do "eu", isto é, o conjunto de características que o faz ser único. É claro que, tudo o que somos, inclusive nosso "eu", nossa mente, nossa consciência, são resultantes da estrutura e do funcionamento do nosso organismo, em especial, para essas coisas, do cérebro. E ele é um conglomerado de partículas subatômicas, cuja estrutura e funcionamento são descritos pela mecânica quântica. Então, reducionisticamente falando, o "eu" advém do comportamento quântico da natureza, como tudo o mais. O comportamento quântico, pelo contrário, não respalda nenhuma ausência do "eu". Ele é que faz o "eu" existir.

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