domingo, 17 de maio de 2015

A explicação para a lei da conservação da energia, da carga, da massa, etc se dá porque há um contrabalanceio entre as energias positivas e negativas, sendo as primeiras das partículas e as últimas da gravidade?‎

Não. No caso da carga, seu surgimento a partir do campo primordial que se quantizou em partículas, de fato, na origem, aconteceu de surgirem as positivas e negativas em simetria, sendo as cargas nada mais do que as fontes e sumidouros do campo elétrico que se diferenciou do campo primordial no início do Universo. Mas, no caso da massa-energia não se sabe se tenha sido assim, pois não se conhece se o surgimento de massa-energia tenha sido compensado, exatamente, pelo encurvamento correspondente do espaço tempo, que faz surgir uma energia gravitacional negativa equivalente à energia positiva da massa e das demais interações. Essa, contudo, é uma proposta já aventada, mas ainda não confirmada. Todavia, mesmo assim, existe a conservação do total de massa-energia. Isso, contudo, não implica que o total seja nulo. O que a teoria diz é que o tensor momento-energia do conteúdo do Universo, incluindo matéria, campo e radiação tem divergência covariante nula, ou seja, há conservação da energia e dos momentos lineares e angulares. Isso, na Relatividade Geral, é uma consequência da divergência covariante do tensor de Einstein da curvatura do espaço-tempo. Se o total de massa-energia do Universo for nulo, então, as leis de conservação ficam preservadas, inclusive, no evento de surgimento do Universo. Isso, contudo, não é uma exigência, pois esse evento, extremamente singular, não é abarcado por nenhuma lei física, já que elas se aplicam ao conteúdo existente e não a seu surgimento sem que seja proveniente de coisa alguma. Inclusive porque as leis de conservação se referem aos totais de alguma grandeza em dois momentos e, no surgimento do Universo, não havia o momento anterior, já que o tempo não existia.

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