terça-feira, 19 de maio de 2015

"Enganadoras, fraudulentas, estelionatárias, criminosas." Diria o mesmo de psicanalistas e psiquiatras/psicólogos dessa abordagem?

Não. O que acontece é que esses profissionais confiam na veracidade dos pressupostos de suas ciências, enquanto as cartomantes sabem que estão enganando, como os astrólogos, quiromantes e assemelhados. Os psiquiatras e os neurologistas trabalham com uma ciência baseada em evidências, mesmo que, como toda a medicina, possa contemplar concepções equivocadas, que, à medida que o conhecimento avança, vão sendo corrigidas. No caso da psicologia, o problema é a existência de escolas conflitantes simultaneamente admitidas por grupos paralelos. Ora, se há alguma verdade na psicologia, ela tem que ser única, e os psicólogos precisam entrar em um acordo sobre o que seja a verdade, em cada situação. Pode ser que escolas diferentes estejam corretas neste ou naquele aspecto. O que seria preciso seria uma fusão de todas as escolas com o estabelecimento de onde se encontra a verdade em cada aspecto. Já a psicanálise, para mim, parte de pressupostos incorretos desde o início. Mesmo que haja algum ponto válido, no todo, especialmente no que concerne à prática terapêutica, considero que ela seja falha. Acho que Freud deu uma contribuição enorme ao entendimento do psiquismo, mas vejo que Jung, ao considerar a existência da alma, pôs essa contribuição a perder. É bom ler as obras "O Livro de Ouro da Psicanálise" e "O Livro Negro da Psicanálise".

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