domingo, 17 de maio de 2015

Por que a Igreja Católica é adversa ao comunismo?

Por várias razões. Para começar, o que se considera como comunismo não é, de fato, comunismo e sim o socialismo de estado que vigorou na União Soviética e que era anti-religioso. Esse comunismo, a Igreja Católica, naturalmente tem que ser contra mesmo. Eu mesmo, sendo comunista, sou contra esse comunismo, porque sou contra regimes totalitários e contra a falta de liberdade religiosa, mesmo sendo ateu. Outra razão é que, historicamente, o catolicismo se aliou ao poder estabelecido, especialmente o aristocrático. E o comunismo é contra o poder da aristocracia, da burguesia e das elites, admitindo apenas o poder do proletariado, representado pelos membros do partido comunista. Todavia, há, dentro do catolicismo, correntes que também não concordam com o poder da aristocracia ou da burguesia, mesmo que também não concordem com o poder totalitário do partido comunista. Outra razão é que o dito comunismo, tal qual aconteceu, postula a abolição da propriedade privada, com sua apropriação pelo estado, do qual todos são empregados. E, ainda, cerceia as liberdades de locomoção, de expressão, de escolha de residência, de trabalho. Esses são aspectos condenados pela Igreja Católica e por mim também. Mas note que essas são características do socialismo de estado, impropriamente chamado de comunismo, e não do verdadeiro comunismo.

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