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quinta-feira, 8 de junho de 2017
Quão importante é o trabalho de um estatístico em pesquisas nas áreas de astrofísica e cosmologia?
Muito. A maior parte das informações sobre estrelas e galáxias, incluindo distâncias, brilhos, massas, idades e outras informações são obtidas por meios estatísticos calcados em valores obtidos por outros meios, extrapolados para amostras que apresentem outras características coincidentes. Mas a estatística que se usa em pesquisas científicas físicas, astrofísicas, astronômicas e cosmológicas não é do tipo que se usa em pesquisas econômicas, geográficas, agronômicas, sociológicas e similares. Mas é estatística, só que mais complicada. Do mesmo modo que a estatística usada em física de partículas elementares, que é de outro tipo ainda. Todavia, muitos conceitos são similares, como densidade de probabilidade, por exemplo. As distribuições é que são outras. Tem que se saber deduzir as distribuições a partir das considerações aplicáveis. Muitas vezes, nos cursos de estatística aplicada à biologia e à economia, não se mostra como são deduzidas as funções de densidade de probabilidade, por exemplo, das distribuições de Student, de Qui Quadrado, de Snedecor, de Fisher, de Tukey, de Scheffé e outros. Os alunos usam as tabelas sem saber como elas foram construídas. Tem até professor que não sabe. É que as deduções envolvem matemática pesada e o pessoal só quer saber das aplicações práticas e não a teoria que tem por trás delas. Considero absurdo que se façam testes de análise de variância com significâncias fixas de 1% ou 5%, por exemplo, ao invés de achar o valor exato do nível de significância que um conjunto de dados experimentais apresenta. Com os recursos de computação atualmente disponíveis isso é possível, ao invés de se ficar usando tabelas como se fazia antigamente com as tábuas de logaritmos. É só saber a função de densidade e achar qual o valor da variável aleatória que faça com que a integral da densidade de probabilidade, em certo intervalo, tenha tal ou qual valor. Mas isso requer saber equações diferenciais, equações integrais, cálculo variacional e outros recursos matemáticos que biólogos, agrônomos ou economistas não se dispõe a aprender. Mas astrônomos têm que saber.
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