Isto não é ética e sim moral, que são coisas distintas. Ética é a disciplina filosófica que estuda os critérios de moralidade, enquanto moral é o conjunto de prescrições aceitáveis para a vida social de certo grupamento humano em alguma época, local e estrato social. Matar os corruptos pode não ser imoral se a sociedade (ou melhor, aqueles que lhes impõem as normas) considerarem que assim o seja, o que acontece com países que têm a pena de morte. Mas não é ético de forma nenhuma. A vida é o dom mais raro e precioso do Universo. Ninguém tem o direito de tirá-la, exceto em legítima defesa iminente. Corruptos e criminosos têm que ser impedidos de agir assim e punidos pelo que já fizeram de uma forma educativa, para que, inclusive, possam retornar à sociedade recuperados e de forma construtiva. Outra coisa que não se pode considerar é que uma pessoa seja criminosa ou corrupta simplesmente porque seja rica. Este é o problema das revoluções. Não se pode implantar o bem fazendo o mal. Maquiavel está completamente equivocado. Assim como é errado impor a vontade da nobreza sobre a burguesia e da burguesia sobre o proletariado, o inverso também é errado. Outra coisa é que essas noções não prevalecem mais no século XXI. A mesma pessoa pode atuar como patrão e empregado. Pequenos empresários são o quê? Executivos assalariados dos altos escalões das grandes empresas são o quê? Professores universitários são o quê? Se se der aos burocratas do partido o poder de decidir a quem matar, reeditaremos, como ocorreu na Rússia, o Terror da Revolução Francesa. Contra isto é que Trotsky se ergueu e por isso foi morto. Isto é que é o cúmulo da irracionalidade.
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