quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O que poderia ser a arte pela arte? Os quadros puramente abstratos, não nos inspiram emoções ou ações e constituem um reflexo de uma sociedade doente; Assim também são os poemas parnasianos: se há algum lugar para matematica na arte é apenas na música.

Já falei sobre a "Arte pela arte". Quanto aos quadros abstratos, não aprecio, mas isto é um gosto pessoal. Não deploro o estilo "a priori" e acho que também é arte, só que não gosto. Quanto à poesia parnasiana, esta eu aprecio e vejo que é arte mesmo, pois colocar texto poético em rimas e métricas engessadas não é fácil. Arte é 10% de inspiração e 90% de transpiração. Poesia sem rima nem métrica também é arte, mas com métrica e rima não deixa de ser.
Para mim, todo artista plástico, em especial um pintor, deve ser capaz de executar uma tela em qualquer estilo de pintura que se queira. Deve ser capaz de pintar como Leonardo, como Ingres, como Delacroix, como Goya, como Rembrandt, como ainsbourough, como Constable, como Murillo, como Monet, como Renoir, como Seurat, como Picasso, como Dali, como Klimt ou qualquer outro. Mas ele pintará como ele próprio. Terá seu estilo que será a expressão do seu eu em sua arte. Mas entendo que deva dominar a técnica da
pintura de qualquer estilo, época ou gênero. Como um poeta, seja de que estilo for, deve dominar todos e ser capaz de escrever poemas à moda de Camões, Augusto dos Anjos, Drummond ou quem quer que seja. Ou um compositor. Deve saber compor como Bach, ou Mozart, ou Beethovem, ou Wagner, ou Debussy, ou Stravinsky e, então ter o seu estilo. Em suma, o que estou dizendo é que a arte não é só técnica, tem que ter alma, emoção, talento e genialidade até. Mas não dispensa a técnica, o domínio completo do “metier”.
Não gosto que quem gosta mais do modernismo, por exemplo, deprecie outros estilos. Cada qual, na época que surgiu, era “moderno” e passou a se contrapor ao que lhe antecedia. Mas isto não desvaloriza o que veio antes. Às vezes, penso que alguns pintores modernos optam por um estilo mais expontêneo e xpressivo, sem uma sofisticação técnica de um “sfumato” da Mona Lisa não por que assim o escolhem mas por não serem capazes de um
trabalho tão minucioso e elaborado.

Veja o que escreví aqui:

http://wolfedler.blogspot.com/2010/07/poesia-e-obra-da-insanidade-qual-e.html

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