Viver é muito além de sobreviver. Viver é sentir plenitude na vida, sentir que ela tem um significado. Estar feliz por estar vivo. Nisso tudo o homem precisa, antes de tudo, dos outros. Um homem não é uma ilha. Ele só se realiza em função dos outros. Dentre todos os outros que dão significado a nossa vida há um grupo especialíssimo, sem o qual tudo perde a razão de ser. São os nossos amores. Nossos pais, nossos filhos, nossos irmãos, nossos grandes amigos e amigas e, principalmente, nossos companheiros. Aquelas pessoas que compartilham conosco o amor pleno, inclusive o erótico. Sem alguém assim, a vida se torna brumosa e cinzenta, fria e vazia, sepulcral. O amor é parte da estratégia da natureza para perpetuar a espécie, mas, no ser humano, transcendeu a essa origem biológica e se colocou como algo muito mais elevado e envolvente, de tal forma necessário à saúde psíquica que sua falta leva à depressão, à tristeza crônica, à perda de perspectiva e, até mesmo, de vontade de viver. Essa dependência de outro para amar e ser amado é uma característica básica do ser humano. Por isso o amor tem que ser colocado como a primeira prioridade da vida de todo mundo e tratado com toda a atenção que costuma se dar aos negócios relativos à prosperidade, que tem que vir em segundo plano. Com amor é possível se viver na penúria, mas sem amor, nenhuma prosperidade vale a pena.
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