segunda-feira, 18 de março de 2013

A nossa sensualidade é a resposta pela qualidade do amor que recebemos?

Em parte. Ela existe como componente de nossa personalidade, que é psico-somática, independentemente do amor que recebemos, pelo menos como ponto de partida. Se devidamente estimulada, tanto por sentimentos de afeto quanto por sensações libidinosas, a sensualidade aumentará, se já houver um princípio de partida. Há uma relação entre o sentimento afetivo e o erotismo, de modo que o primeiro estimula o segundo. Assim é que, mesmo sem estimulação libidinosa direta, a recepção de estímulos amorosos tem um componente erótico. Todavia há pessoas com deficit de erotismo que, nem com estímulos, adquire sensualidade. Em verdade, trata-se, mesmo, de uma patologia. Por outro lado pode haver uma negação voluntária da sensualidade, mesmo que ela exista e seja sensível à estimulação. É o caso de pessoas religiosas sinceras que façam votos de castidade. Para mim isso é uma grande aberração, completamente descabida. Não consigo ver como uma pessoa que se considere dedicada ao serviço de Deus possa renunciar espontaneamente ao erotismo, que, no meu entendimento, seria, até, um caminho de santificação, como o consideram os hinduístas.

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