sexta-feira, 11 de maio de 2018

Ernesto, acredita que o trabalho intelectual, a responsabilidade e os riscos possam ser assumidos por todas as pessoas? Não acha que, em uma economia planificada, potenciais empreendedores com disposições e requisitos — estes escassos — iriam empregar esforço e gerar valor? Somos seres competitivos.

Isso é que a educação tem que transformar. Nos mudar de competitivos para colaboradores. Isso faz parte do esforço civilizatório da humanidade. Muito já foi conseguido, no sentido de deixar a belicosidade e abraçar a pacificação. De abolir a intolerância, o preconceito. De aceitar as diferenças de vários aspectos culturais. De encarar os gêneros como iguais. Falta muito, é claro, como encarar livremente a possibilidade do poliamorismo e várias outras coisas. Então, essa questão das competências tem que ser encarada como qualificações que as pessoas possuidoras colocam à disposição de todos para o bem geral. Doando o seu talento para proveito de todos. E todos doam, cada um o que for capaz, para o bem dos outros. Uns são mais capazes, outros menos capazes. Nem por isso os mais capazes merecem mais do que os menos capazes. Todos doam o máximo de si e recebem o máximo dos outros, para o bem geral. Isto é que é a harmonia social da anarquia. Calcada principalmente no altruísmo. Que será atingido pelo processo educativo.

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails